PROJETO CINECLUBISTA UNI ESCOLA CINEMA

Uni-Escola-Cinema

_______ Projeto Cineclubista de Educação Audiovisual ________

Proponente: Darcel Andrade[1]

Coordenador de Educação e Formação da PARACINE

APRESENTAÇÃO

O Projeto Cineclubista Uni-Escola-Cinema é uma ação cultual e educacional coletiva entre gestores educacionais e culturais, professores, alunos e comunidades em torno do audiovisual como recurso didático pedagógico em escolas e universidades; vinculado ao Grupo de Pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas da Universidade do Estado do Pará – CUMA/UEPA, constitui a Linha de Pesquisa “Arte e Expressão Cinematográfica” do Centro de Ciências Sociais e Educacionais da mesma Universidade em caráter extensionista; tem como proponente o curta-metragista e Professor Arteducador Darcel Andrade Alves, Coordenador de Educação e Formação da Federação Paraense de Cineclubes – PARACINE.

OBJETIVOS:

Geral

Utilizar o cinema nas Escolas públicas do Estado do Pará e comunidades universitárias como instrumento de ação pedagógica e linguagem multidisciplinar, em sala de aula ou fora dela, oferecendo temas geradores e transversais a serem discutidos numa relação direta entre gestores educacionais, docentes, discentes e comunidades;

Específicos

· Criar espaços alternativos sócio-culturais na interatividade Escola-Comunidade, Secretarias de Cultura e de Educação dos Estados brasileiros, mais os Sistemas Integrados Estaduais de Bibliotecas Escolares;

· Fortalecer o objetivo de participar, educar, transformar ações isoladas na promoção do coletivo em prol de uma cidadania compartilhada, de inclusão social entre escola e comunidade, utilizando o cinema como linguagem e processo de construção social;

· Apresentar registros históricos da cultura local e nacional [museus, artes plásticas, folclore, dança, teatro, música e diversas expressões artísticas] como forma de fortalecer a identidade e as culturas tradicionais;

· Produzir e socializar conhecimento, pensamento crítico, promoção da cultura regional e brasileira;

· Promover oficinas e cursos de cinema e/ou vídeo ministrados por estes proponentes e direcionados aos profissionais da educação e formá-los agentes multiplicadores da produção de conhecimento através do audiovisual;

· Realizar e coordenar amostras e festivais de cinema e/ou vídeo, em parceria com as Secretarias de Cultura e de Educação, como também com as empresas que desejarem apoiar em contrapartida e as Leis de incentivo, se pertinente;

JUSTIFICATIVA

Com a chamada “retomada” do cinema brasileiro, os questionamentos sobre o setor vieram à tona. Agora, não mais com ênfase na produção, mas com foco na distribuição e circulação da obra. Depois de finalizado o filme, resta ao produtor a questão de como fazer chegar ao público, cada vez mais diminuto, uma obra nacional, em um mercado dominado pela cinematografia americana e com tão poucas salas de exibição. Daí a força do cineclubismo.

AÇOES METODOLÓGICAS:

1. Articular junto às Universidades, Secretarias de Cultura e de Educação do Brasil, Ministério da Cultura, Ministério da Educação, Ministério de Ciências e Tecnologia, de Comunicação, Centros de Cultura, parcerias para este projeto, solicitando e constituindo apoio de infra-estrutura de material de projeção, de transporte, e remuneração dos profissionais envolvidos;

2. Elaborar um cronograma de ações compartilhadas junto ao Ministério de Cultura e de Educação, junto às Secretarias correspondentes, Conselho Nacional de Cultura e órgãos correlatos, e mais as universidades, gestores educacionais e culturais para a execução das tarefas pertinentes;

3. Articular parceria junto às Escolas públicas dos Estados brasileiros e convidá-las a viabilizar e apoio local quanto às instalações técnicas de produção e exibição de filmes, bem como a formação de profissionais, e professores voltados para essa demanda;

4. Verificar apoio das possíveis Escolas e/ou comunidade envolvida diretamente no projeto, bem como os profissionais responsáveis em cada uma delas, para melhor articular a produção de vídeos com as coordenações dos proponentes e Secretarias parceiras;

ESTRUTURA DO PROJETO

Numa previsão das ações bem sucedidas do projeto e dos trabalhos desenvolvidos pelos educadores, destacam-se três importantes linhas de atuação:

1. Cineclubismo: o exercício do olhar – Filmes diversos são exibidos no exercício de contemplação, observação e percepção da linguagem e estética cinematográfica, assim como a formação de platéia e público crítico para as questões levantadas pelos filmes. Debate após as sessões.

2. Formação: produção de vídeo: cursos e oficinas de roteiro, de direção, operador de câmera e outros – É a oportunidade que alunos, professores, gestores educacionais e comunidade têm de se integrarem, produzirem conhecimento de forma coletiva, trabalharem em equipes, de construírem maneiras diversas de compartilhar idéias e ações conjuntas;

3. Difusão: Realização de “Mostras de Cinema Aberto nas Escolas e Universidades com a exibição dos filmes produzidos pelos oficineiros com suas abordagens críticas das realidades documentadas. Na educação chamamos isso de “diagnose”, recorte da realidade do entorno, levar para a sala de aula, discutir, criticar essa realidade, pensar e construir projetos com foco nas questões levantadas e dar retorno à sociedade, devolver a ela o que foi tirado enquanto percepção causal e retribuir através de ações viabilizadoras de soluções possíveis aos problemas apresentados – função social do Projeto UNI-ESCOLA-CINEMA.



[1] Darcel Andrade Alves, graduado em Educação Artística pela Universidade Federal do Pará - UFPA; Especialista em: Semiótica e Cultura Visual [UFPA]; Docência no Ensino Superior [PUC-MG]; e Recursos Humanos em Educação [UFPE]. Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Pará – UEPA; Aluno Especial no Doutoramento do Curso de Antropologia e do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos – NAEA, ambos da UFPA; Professor da rede de Ensino Superior do Brasil; Cineasta e roteirista. Coordenador de Educação e Formação da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE. Contato: darcelandrade@yahoo.com.br

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Menestrel

Um dia você aprende que...

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você prende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo,
qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute, quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve, e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes,
e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não sabe amar, contudo, o ama como pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma,
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores... E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor...

W. Shakespeare

4 comentários:

  1. Hoje me surpreendi ao elaborar este espaço, na oportunidade em que me permito dividir com os amigos internautas um pouco de minha criação/produção textual e imagética daquilo que chamo de narrativas críticas do meu cinema, do cinema que penso que entendo, que assisto, que realizo!

    Trago para estas páginas um efeito sonoro nas palavras que descrevem uma estética própria de criar uma história bem particular, que é a história de mim mesmo, do meu sentir, pensar e agir profissional, de forma bem amadora. Sim, porque não vivo de cinema, mas para o cinema.

    O cinema que trago é um cinema simples, com linguagem própria de quem entende o simples na produção de um roteiro também simples, constituído de vozes e intérpretes do nosso cotidiano amazônico, "caboco" mesmo, como diz Dalcídio Jurandir em "Chove nos Campos de Cachoeira" (1997).

    Alfredo é um menino - dizem que ele é o alter ego de Dalcídio, o autor. "Alfredo estava cansado, mais cansado ainda talvez porque perdera o caroço de tucumã no princípio dos campos queimados. O caroço saltara da mão e se escondera num buraco de terra."

    O caroço de tucumã de Alfredo era uma espécie de talismã, um portal que o transportava para outras dimensões, alcançar seus sonhos e viajar nas ilusões de menino que era. Na verdade, ele não gostava da sua realidade cotidiana e fugira dela sempre que podia, utilizando seu caroço de tucumã.

    São esses amuletos mágicos que nos ajudam a acreditar em sonhos, encontrados em fábulas, contos e romances, em filmes então... a liberdade poética impera nessas horas; e no plágio de Dalcídio e na inspiração em Alfredo, assim escrevo os meus roteiros, produzo os meus vídeos e arrisco um curta-metragem em película 35mm. É! Arrisquei e fiz -- um devaneio completo em tempo de ousadia e felicidade, fuga, viagem... Um dia anuncio o lançamento. Será neste portal!

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  2. As borboletas migram
    entre nuvens e matas e rios.
    Pousam à luz nascedoura
    em dulce mar_ajoara
    engravidados de redes singram
    nuaruaque espera, espera...

    Araraúna espia à hora dos galos
    a entrada triunfante da cor
    nas asas deitadas em jacarandás.

    Com olhos de menina, asinhas jitas,
    despoja do ventre amazonas os pés em argilarari
    baiúna encantada - ela pioneira
    coroava a terra dos campos verdes Juradir.
    Marajó esquecido do nativo ameaçado,
    que tupã abençoou,
    Porantin escreve, escreve e escreve...

    Darcel Andrade

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  3. O Cineclubista Ivam de Oliveira, do Cineclube Labirinto de Parauapebas, realiza mostra de documentários com temáticas sociais da região.
    Parauapebas fica no sul do Pará e já está sendo considerado um dos polos produtores do audiovisual da região amazônica, graças ao esforço coletivo desprendido pelos investidores da cidade, sob a batuta do coordenador Ivan de Oliveira. A chamada para a mostra nos dá uma dica da preocupação quanto à preparação e qualidade do evento.

    VEJA O VT DA MOSTRA http://www.youtube.com/watch?v=0ZwNoli21rs

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  4. Parabéns meu caro pela iniciativa de compartilhar com outras pessoas o conhecimento que você adquiriu nessa jornada, vamos esperar mais, um grande abraço, Aldo Brandão

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